Biografia

Johnny Depp nasceu John Christopher Depp II, em Owensboro, Kentucky, no dia 9 de junho de 1963, dos pais John Christopher Depp e Elizabeth Sue Palmer (nascida Elizabeth Sue Wells, chamada Betty). O pai de Depp trabalhou como engenheiro civil, e sua mãe, de origem Cherokee, trabalhou como garçonete e dona de casa. O mais novo dos quatro filhos, Depp era retraído e um excêntrico auto-admitido. “Eu fazia barulhos estranhos quando criança”, revelou mais tarde em uma entrevista. “Fazia coisas estranhas, como desligar interruptores de luz duas vezes. Acho que meus pais pensaram que eu tinha síndrome de Tourette”.

Johnny e sua família mudavam de residência com freqüência, para acomodar o trabalho de seu pai, até que finalmente desembarcaram em Miramar, Flórida, quando Johnny tinha 7 anos de idade. A família viveu em um motel por quase um
ano, até que seu pai encontrou um emprego. Depp odiou a sua nova casa e, com 12 anos começou a fumar e experimentar drogas, devido ao estresse de problemas familiares. “A puberdade foi muito vaga”, ele disse. “Eu literalmente me trancava no quarto e tocava guitarra”.

Em 1978, quando Depp tinha 15 anos, seus pais se divorciaram. Como o mais novo dos quatro, tornou-se seu trabalho ir ao escritório de seu pai e pegar o dinheiro semanal para o sustento deles.

Aos 16 anos, Depp deixou a escola e entrou na banda de garagem The Kids. O grupo tornou-se bem sucedido o suficiente para abrir shows para os Talking Heads e os B-52s, mas eles quase não conseguiam sobreviver. Depp viveu por meses no Chevy Impala 67 de um amigo.

Introdução à atuação

Em 1983, com 20 anos, Johnny casou-se com a maquiadora Lori Anne Allison, de 25 anos de idade. Nesse mesmo ano, o casal mudou-se para Los Angeles com a banda de Depp, na esperança de atingir o sucesso. Ainda vivendo com um orçamento apertado, Depp e seus companheiros de banda se sustentavam com a venda de canetas para uma empresa de telemarketing.

Um ano depois, Depp começou na atuação quando sua esposa o apresentou ao ator Nicolas Cage. Cage viu potencial em Depp, e apresentou o músico esperançoso para um agente de Hollywood. Depp conseguiu seu primeiro papel no filme “A Hora do Pesadelo” (“A Nightmare on Elm Street”, 1984). Em 1985, a The Kids se separou. Após sua separação de Allison, Depp conheceu a atriz Sherilyn Fenn no set do curta-metragem, “Dummies” (1985). Eles começaram a namorar, e tornaram-se noivos, mas a separação veio pouco tempo depois. Após esse rompimento, Depp conheceu e propôs noivado à atriz Jennifer Grey; seu romance também foi de curta duração.

Depp começou a estudar interpretação, primeiro em aulas no Loft Studio, em Los Angeles e, em seguida, com um treinador particular. As lições compensaram em 1987, quando ele substituiu o ator Jeff Yagher no papel de policial disfarçado Tom Hanson, na popular série de televisão “Anjos da Lei” (“21 Jump Street”). O papel o levou ao estrelato quase imediato e o tornou um ídolo adolescente, um título do qual muito se ressentiu. Quando seu contrato em “Anjos da Lei” expirou em 1989, Depp agarrou a oportunidade de buscar papéis de maior peso.

Sucesso

Em 1990, Depp estrelou o musical “Cry-Baby”, filme de John Waters, que se tornou um hit cult e conseguiu mudar sua imagem. Nesse mesmo ano, ele recebeu uma oportunidade de expor sua versatilidade como ator no papel titular do filme de fantasia de Tim Burton, “Edward Mãos de Tesoura” (“Edward Scissorhands”). O filme não só estabeleceu Depp como um ator de primeira linha, mas também arrecadou mais de 54 milhões de dólares nas bilheterias. Depois do sucesso do filme, Depp esculpiu um nicho para si mesmo, como um performer sério, um pouco sombrio, incomum, que consistentemente seleciona papéis que surpreendem os críticos e o público.

Foi durante a filmagem de “Edward Mãos de Tesoura” que Depp finalmente encontrou sua co-estrela Winona Ryder, com quem ele teve um breve encontro na estreia do filme “A Fera do Rock” (1989). Os dois começaram a namorar no set, e logo tornaram-se um poderoso casal de Hollywood. Cinco meses após seu primeiro encontro, Depp e Ryder noivaram. Para solidificar o seu amor, Depp tatuou a frase “Winona Forever” (“Winona para sempre”) em seu braço direito. O
casal se separou em 1993, depois que os pais de Ryder proibiram sua filha de se casar.

Fora de sua vida pessoal, Depp continuou a florescer, ganhando elogios da crítica e popularidade crescente por sua obra. Vários de seus papéis mais notáveis incluem os misantropos sociais Sam em “Benny & Joon – Corações em Conflito” (“Benny & Joon”, 1993), que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro, e “Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador” (“What’s Eating Gilbert Grape”, 1993), no qual interpreta um jovem insatisfeito com os limites de sua vida de cidade pequena.

Em agosto de 1993, ele e dois parceiros de negócios compraram o The Viper Room, em Los Angeles, que instantaneamente se tornou o local mais badalado na Sunset Strip. Depp começou a usar o clube como uma oportunidade para apresentar os clientes à música de sua recém-formada banda P, que ofereceu shows populares no local. Mas a tragédia atingiu o clube em 31 de outubro do mesmo ano, quando o aclamado ator River Phoenix sofreu uma overdose de
drogas fora do clube. Phoenix morreu mais tarde naquela noite.

A vida de Depp começou a perder o controle quando o astro se envolveu com drogas e mergulhou numa profunda depressão. A esta altura, também começou um relacionamento com a supermodelo Kate Moss. Depp e Moss constantemente foram manchete por seu comportamento apaixonado e imprevisível; em 1994, Depp notoriamente destruiu um quarto de hotel de Nova Iorque depois de uma das muitas brigas do casal.

O comportamento selvagem de Depp pareceu não ter efeito sobre a sua vida profissional. Em 1994, ele voltou a trabalhar com Burton no filme biográfico “Ed Wood”, sobre o famoso diretor de filmes B. O filme deu a Depp a aclamação da crítica e outra indicação ao Globo de Ouro. Outros filmes notáveis no final dos anos 90 incluem “Don Juan DeMarco” (1995), em que Depp interpreta um personagem que acredita que é o famoso personagem de ficção Don Juan, e “Donnie Brasco” (1997), que contou com Depp como um agente disfarçado do FBI que se infiltra na família mafiosa Bonano.

Em 1998, Depp se separou de namorada de longa data Moss, e assumiu o papel do alter ego do jornalista Hunter S. Thompson na adaptação do livro “Medo e Delírio em Las Vegas”, “Medo e Delírio” (“Fear and Loathing in Las Vegas”), de Terry Gilliam. Durante as filmagens, Depp cultivou uma forte amizade com Thompson, que durou até a morte do jornalista e escritor, em 2005. Depp viria a financiar seu funeral.

Astro de Bilheteria

Para o próximo projeto no cinema, Depp apostou no terror de ficção científica “Enigma do Espaço” (“The Astronaut’s Wife”), de 1999. No mesmo ano, ele se juntou com Burton, mais uma vez em “A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça” (“Sleepy Hollow”), estrelando como um afetado Ichabod Crane. Ele apareceu no ano seguinte, no pequeno, mas popular drama romântico “Chocolate” (“Chocolat”), seguido por um papel de grande orçamento como o chefão do tráfico de cocaína da vida real George Jung em “Profissão de Risco” (“Blow”), em 2001. Os próximos filmes de Depp foram o terror “Do Inferno” (“From Hell”), em 2001, e de “Era uma Vez no México” (“Once Upon a Time in Mexico”) de Robert Rodriguez, em 2002. Em abril do mesmo ano, Vanessa Paradis deu à luz o segundo filho do casal, Jack.

Em 2004, Depp ganhou uma indicação ao Oscar por seu papel como o Capitão Jack Sparrow na aventura familar “Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra” (“Pirates of the Caribbean: The Curse of the Black Pearl”). O filme foi um sucesso de bilheteria, e levou à criação de uma franquia Piratas. No final daquele ano, Depp também teve um desempenho aclamado pela crítica em “Em Busca da Terra do Nunca”, no qual ele atuou como o criador de Peter Pan, J. M. Barrie. O filme lhe rendeu mais de 10 indicações a prêmios, incluindo o Globo de Ouro e o Oscar.

Ainda em 2004, Johnny fundou sua própria produtora, a Infinitum Nihil, ao lado de sua irmã Christi Dembrowski e de Sam Sarkar. O primeiro projeto da empresa para o cinema foi “Diário de Um Jornalista Bêbado” (“The Rum Diary”), de 2011.

Em 2006, Depp voltou como o Capitão Jack Sparrow na sequência “Piratas do Caribe: O Baú da Morte” (“Pirates of the Caribbean: Dead Man’s Chest” ), que quebrou o recorde de bilheteria ao alcançar a mais alta arrecadação de fim de semana de todos os tempos. A terceira parte se saiu muito bem. “Piratas do Caribe: No Fim do Mundo” (“Pirates of the Caribbean: At World’s End”, 2007) foi lançado no fim de semana do Memorial Day, trazendo arrecadando US$ 138.800.000,00.

Dizendo adeus ao Capitão Jack, Depp assumiu um dos personagens mais famosos do teatro em “Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” (“Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street”), também em 2007. Dirigido por Tim Burton e co-estrelado por Helena Bonham Carter, o musical sombrio e sangrento narra o conto de um barbeiro que mata alguns de seus clientes e, em seguida, os transforma em tortas feitas por sua vizinha de baixo. Depp recebeu um Globo de Ouro por seu trabalho no filme.

Em 2009, dois filmes de Depp – “O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus” (“The Imaginarium of Doctor Parnassus”) e “Inimigos Públicos” (“Public Enemies”) – estrearam com resultados mistos. Ele voltou para o sucesso de bilheteria com a adaptação cinematográfica do clássico de Lewis Carroll, “Alice no País das Maravilhas” “Alice in Wonderland”), de 2010. Para o projeto, Depp novamente se juntou a Tim Burton para assumir o personagem do Chapeleiro Maluco. O filme, estrelado por Mia Wasikowska como Alice, arrecadou mais de US$ 116 milhões em sua semana de estreia.

Mais uma vez itinerante em alto-mar, Depp reprisou seu papel de Jack Sparrow na última parte da série de filmes “Piratas do Caribe” (“Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides”) em 2011. Ele retornou ao cinema independente no mesmo ano com “Diário de Um Jornalista Bêbado”, baseado no livro de Hunter S. Thompson.

Depp também estrelou a comédia “Sombras da Noite” (2012), de Tim Burton. No filme, ele interpreta Barnabas Collins, um vampiro que escapa da prisão e volta para casa de sua família. Lá, Collins tenta ajudar seus descendentes interpretados por Michelle Pfeiffer, Chloë Grace Moretz e Jonny Lee Miller. Depp era um fã de longa data do material de origem do filme – a novela gótica do final dos anos 1960 “Dark Shadows” – e incentivou o amigo Burton a trazê-la para a tela grande. Infelizmente, o filme não se saiu tão bem como os anteriores.

Voltando-se para uma de suas paixões, a leitura, Depp criou um selo editorial, de mesmo nome de sua produtora, em julho de 2012. A primeira publicação, em colaboração com Douglas Brinkley, foi “House of Earth: A Novel”, romance de Woody Guthrie lançado em janeiro de 2013,

Em 2013, o ator se uniu com o produtor de “Piratas do Caribe”, Jerry Bruckheimer, mais uma vez no filme da Disney “O Cavaleiro Solitário” (The Lone Ranger”). O filme estreou em segundo lugar nas bilheterias dos Estados Unidos, mas só arrecadou 48,9 milhões de dólares.

Em 2014, a principal produção com Depp para o cinema é “Transcendence – A Revolução” (“Transcendence”), estreia na direção de Wally Pfister. Ele ainda concluiu as filmagens de “Mortdecai” e iniciou as de “Black Mass”, ambos aguardados para 2015.

Vida Pessoal

Em 1998, Depp conheceu outra pessoa que iria tornar-se uma figura importante na sua vida; enquanto filmava o drama de ficção científica “O Último Portal” (“The Ninth Gate”, lançado em 1999) na França, Johnny conheceu a atriz francesa, cantora e modelo Vanessa Paradis. Paradis ficou grávida do primeiro filho do casal, no final daquele ano. Em 27 de maio de 1999, nascia Lily-Rose Melody Depp. Depp e Paradis tiveram seu segundo filho, Jack John Christopher Depp III, três anos depois, em 09 de abril de 2002.

Depp e Paradis anunciaram a separação em junho de 2012.

Em março de 2014, Johnny anunciou estar noivo da atriz Amber Heard, com quem se casou em 3 de fevereiro de 2015. O casal terminou o relacionamento em 2016.

Extraído de Biography e Wikipédia
Tradução, adaptação e revisão: Equipe Johnny Depp Forever
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