A quinta semana do julgamento Depp versus Heard foi iniciada e, antes de partirmos para os resumos dos interrogatórios feitos pela equipe do ator, vamos a uma rápida recapitulação – as circunstâncias que deram origem ao processo de Johnny Depp contra sua ex-esposa, do que se trata o caso e o que afirmaram as testemunhas.
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Amber Heard entrou com uma medida restritiva contra Depp em 26 de maio de 2016. Entre os dias 21 e 26, nenhuma testemunha viu hematomas na atriz.
Quatro policiais estiveram no apartamento do ex-casal em 21 de maio de 2016. Dois dos policiais testemunharam que não viram ferimentos em Heard, nem dano à propriedade. Ambos testemunharam não terem visto sinais de violência, nem de crime.
Em 18 de dezembro de 2018, o Washington Post publicou um artigo assinado por Heard com o título “Eu me manifestei contra a violência sexual – e enfrentei a ira de nossa cultura. Isso tem que mudar”.
Em determinado trecho do texto, Heard escreveu: “Então, dois anos atrás, tornei-me uma figura pública representando o abuso doméstico…”.
O CASO
Nas palavras dos advogados de Johnny Depp:
“Este caso é sobre o que a Srta. Heard disse em seu editorial. Ela pintou um retrato de si mesma como uma sobrevivente heroica e inocente do Sr. Depp. Uma mulher espancada que finalmente enfrentou seu algoz. A senhorita Heard usou as alegações contra Depp para alavancar seu próprio perfil e avançar em sua própria carreira. Ela se apresentou como o rosto do movimento MeToo, uma representante virtuosa de mulheres que realmente sofreram abusos.”
“Este é um caso de difamação. É um caso sobre como as palavras podem ser devastadoras quando são falsas e pronunciadas publicamente. De acordo com a lei, uma pessoa que faz uma declaração falsa sobre outra pessoa pode ser responsabilizada pelos danos resultantes dessa falsidade. Isso porque as palavras importam.”
“Ninguém em 5 décadas acusou Johnny Depp de ser violento com uma mulher. Ninguém sequer sugeriu que ele era capaz de algo assim.”
“A evidência que você vai ouvir neste julgamento contradiz a história que Amber Heard apresentou ao mundo.”
O QUE SABEMOS / O QUE APONTAM OS TESTEMUNHOS
Assim como já afirmado nos depoimentos relacionados a maio de 2016, evidências de abuso físico nunca foram notadas em Amber Heard. Testemunhas que estiveram com ela momentos ou dias após os alegados incidentes não viram cortes, contusões, inchaços ou outras lesões em sua pele.
Amber Heard nunca buscou tratamento para as supostas lesões adquiridas durante as alegadas agressões sofridas por ela. Ela não forneceu relatórios médicos e os profissionais de saúde que estiveram com ela durante seu noivado e casamento (entre eles, um médico e duas enfermeiras) não registraram quaisquer ocorrências nem foram comunicados sobre isso.
De acordo com especialista, os supostos hematomas que Heard aparenta ter em fotos não são consistentes com as alegações de como ela foi ferida.
Nenhuma das fotos entregues por Heard como evidência são originais. E, de acordo com especialista, muitas passaram por programas de edição. Nenhuma pode ser confirmada como autêntica.
Amber Heard iniciava brigas com Johnny Depp: “Eu sei que ela liderou [as brigas] em mais de uma ocasião e as começava para mantê-lo com ela, porque o abandono e deixá-lo ir eram seu pior pesadelo”, disse a terapeuta do ex-casal.
Johnny Depp costumava tentar se afastar/deixar as brigas e discussões com Amber Heard e ela buscava evitar isso, porque ela “não queria que ele fosse embora” (palavras da ex-enfermeira do ator).
Em viagens, a equipe de Depp tinha o costume de reservar um quarto a mais para caso Depp precisasse “fugir” de Heard.
Os seguranças de Depp testemunharam que viram Heard gritar, arremessar, dar socos em Depp e impedi-lo de ir embora.
Amigos e pessoas que trabalham/trabalharam para ou com Depp afirmaram que seu comportamento não se mostra alterado após consumo de álcool ou outras drogas.
Heard recebeu 7 milhões pelo divórcio e prometeu doar tudo para caridade (em 2020 ela testemunhou ter feito isso), mas o compromisso nunca foi cumprida.
As instituições que Heard assegurou que seriam beneficiadas com 3,5 milhões de dólares cada foram a American Civil Liberties Union (ACLU) e Children’s Hospital Los Angeles. A ACLU obteve doação de apenas 1,3 milhão (100 mil pagos diretamente por Johnny Depp). Já o Children’s Hospital Los Angeles, jamais recebeu qualquer centavo.
A ACLU tornou Heard sua embaixadora dos direitos das mulheres um dia após a publicação do artigo no Washington Post. A organização teve papel na elaboração do texto – foi um de seus membros quem preparou o primeiro rascunho do artigo.
Em depoimento, o representante da ACLU deixou claro que o texto era muito mais explícito em mencionar Johnny Depp, seu casamento e divórcio de Heard. Os advogados da atriz o revisaram para remover tais referências.
O momento para publicação do editorial foi planejado para chamar bastante atenção para Heard e para o filme que ela estava prestes a estrear. “O objetivo é lançar isso esta semana, para capitalizar a tremenda campanha para Aquaman”. “
“A cada passo do caminho estávamos tomando essas decisões com os representantes de relações públicas de Amber”, disse o representante da ACLU.
As alegações feitas por Amber Heard a partir de 2016 e seu artigo publicado em 2018 afetaram negativamente a carreira e a reputação de Johnny Depp.
O antigo e o atual agente de Depp afirmaram que ele perdeu o papel no que seria Piratas do Caribe 6. Além disso, o ator foi demitido da franquia Animais Fantásticos e não aparece em um filme de estúdio desde o final de 2018.
O impacto das alegações de Heard e de seu artigo sobre as buscas pelo termo “Johnny Depp” na internet foi analisado. O especialista responsável afirmou que no período anterior a 2016 Depp “não foi retratado com nenhuma conotação negativa”, mas isso mudou “ainda mais depois de 2018”.
“A percepção pública de Depp foi danificada”.
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