fevereiro 16, 2020
Segunda parte da conversa entre Johnny e Amber – Tradução

Traduzimos a segunda parte do áudio da conversa entre Johnny e Amber, obtido pelo DailyMail.com. A primeira tradução pode ser lida neste post. Confira abaixo!

JOHNNY DEPP: Mas estou lhe dizendo agora, se eu entregar… Se eles entregarem a droga dos papéis amanhã, aquela droga que preciso entregar, antes de irmos ao tribunal na sexta-feira… Se eles entregarem esses papéis, antes de tudo, vai ser muito ruim para nós dois.

AMBER HEARD: Bem, seu pessoal não vai registrar nada de ruim para você. Confia em mim.

JD: Não, não, o que você está dizendo? Você tinha que fazer algo para se proteger, então me “atirou debaixo de um ônibus” com um vídeo insinuando que bati em você?

AH: Eu não. Preciso responder. Eu quis dizer que iria em frente, não que iria dar seguimento em todo o curso da ação, isso é o que você não entende. Se nós fizermos isso, basicamente você saberá. Liguei para meus advogados e perguntei por que não estamos negociando agora, o que está acontecendo, onde estamos nisso, e tudo pra eles é sob tribunal.

JD: Não, eles não vão se contentar. Seus agentes não vão se contentar. Seus advogados não vão concordar, querida. Estou dizendo.

AH: Queremos mediar. Temos até um mediador, achamos um mediador e tudo. Tudo foi resolvido. Mas a Laura [Wasser, Advogada de Depp] não concordaria, ela não queria concordar com a ordem mútua de segredo de justiça. Esse é o problema, ela não quer a ordem, por que Johnny? Por quê? Por que não? Por que ela não quer que as duas partes não falem sobre isso na imprensa? Eu só quero que você saiba. Eu não estou fazendo nada e não movimentei nada. Observe a linha do tempo. Nada foi pra ofender. Tudo tem sido um movimento de defesa porque estou sendo chamada de mentirosa e interesseira. E eu não estou mentindo sobre nada disso, e não estou querendo nem um centavo do seu dinheiro.

JD: Está machucando você. Está machucando você. E está me machucando. Mas a pior merda é… (não audível). Você quer ir ao tribunal, Amber? Sério? Você quer ir a tribunal com isso? Estou lhe oferecendo uma oportunidade para acabarmos tudo em paz. Pacificamente, cara. E damos as costas pra isso. Você vai fazer o que precisa fazer, eu vou fazer o que tenho que fazer. Eu… Eu, já passei por essa merda de dor. Você já passou por essa merda de dor. Eu te amo mais do que tudo na vida. Eu não quero entrar em um tribunal de merda com você. Não quero manchar seu nome. Não quero essa merda. Eu não quero nada. Eu quero que isso seja feito pacificamente, entre nós. E se você não gosta do jeito que a mediação está indo, leve-me de volta ao tribunal, menina. Porque eu não posso. Esta é a última droga de chance, Amber. É isso. Depois de entregar esses papéis, não vai ter volta, cara. Sei que você me odeia e eu sei que… que seja! Estou lhe dizendo agora, não há ligação, não precisa acontecer assim. Por favor, pelo amor de Deus, confia em mim, cara. Continuar levando isso pro tribunal só vai acabar mal pra você e pra mim. Ruim, simplesmente. De qualquer modo, não importa se nós vamos arruinar um ao outro ou não, será muito doloroso, é terrível. Vamos escrever uma carta para nós dois assinarmos, que diga que em vez de espalhar pro mundo toda essa loucura de merda, nós decidimos lidar com as coisas privadamente. Nós não vamos pro tribunal, no momento, por isso. Nós vamos tentar pensar em alguma saída, juntos. Pelo menos isso, pelo menos isso. Eu sei que você quer responder e eu sei que você quer se defender. Me ouve. Se defender jogando alguém pra “debaixo do ônibus” não vai pegar bem.

AH: Não é o que estou fazendo. Não seria assim. Não seria sobre eu te “jogar pra debaixo de um ônibus”. Sabe sobre o que realmente seria? Seria divulgado através de pessoas dando depoimentos sob juramento, tendo proteção legal para isso, o que elas ainda não tiveram até o momento. Seria o depoimento de testemunhas. Seria com evidências. Toneladas de evidências. Coletados no decorrer de anos. E seria inacreditável imaginar que ou (1) eu faço parte de um “clube da luta” secreto ou eu…

JD: Um clube de quê?

AH: Um clube da luta secreto. Ou (2) que eu estive tramando por anos, enquanto tirava fotos, documentava, só guardando tudo pra usar no momento certo, sendo que eu não estou pedindo dinheiro e não tenho ganho financeiro nenhum pra tirar disso. Ninguém vai acreditar em nenhuma dessas duas alternativas: que faço parte de um clube da luta ou que eu me maquiei [com hematomas falsos] por todos esse anos para corroborar mensagens de texto entre pessoas que têm ligação com as datas em que as fotos foram tiradas.

AH: Nada disso será jogar você pra “debaixo de um ônibus”, mas provas, no caso, que terá que ser criminal, porque, sexta-feira, eu não posso deixar de registrar meu depoimento pra polícia primeiro. E o único motivo pra eu não ter dado meu depoimento pra polícia – o que, a propósito, tem sido usado contra mim todos os dias – é porque eu não quero te machucar. Isso significa que não estará mais nas minhas mãos. Nós chamamos um terceiro, um promotor, e um advogado criminalista e eles disseram que é o caso de violência doméstica com evidências mais sólidas que eles já viram. E que se nós entregarmos todas ou parte dessas evidências, você será processado. E eu nunca quis isso pra você. Porque é difícil pra mim, eu nem mesmo… Na minha cabeça, é difícil pra mim aceitar qualquer tipo de vitimização. Eu não quero te machucar.

JD: Eu entendo. Eu entendo. eu também não quero te machucar. Eu só vou dizer uma coisa. Eu te amo. Eu te amo. Eu sempre te amei. E eu sei que… Olha, faça o que você tiver que fazer. Eu estou dizendo que agora é um erro ir ao tribunal. Mas se você quer isso, nós iremos. Eu preferiria cuidar disso de uma forma diferente, acho que seria bem melhor pra você e pra mim. Mas, sabe do que mais?

AH: Eu fui chamada de mentirosa.

JD: Querida, sabe do que mais?

AH: Fui chamada de interesseira.

JD: Querida, querida… Amber, não fui eu que te chamei dessas coisas. Eu não te chamei disso. Isso durou demais, Amber, e nós temos que colocar um fim. Tem que parar.

AH: Eu não sei como recuperar minha reputação.

JD: Nós podemos escrever uma carta juntos. Dizendo que vamos cuidar disso longe da imprensa. Dizendo que vamos tentar resolver isso sozinhos. Dizendo que a mídia criou uma tempestade tão detestável que é nojento. que nós nos amamos. E que queremos ter certeza que o outro está bem. Se nós brigamos no passado, se isso ou aquilo, dane-se, tanto faz, eles já sabem de toda a m****, não importa. Essa é a verdade.

AH: Importa, sim. Você não tem ideia. Cada centímetro da minha credibilidade foi tirado de mim. E tirado de uma forma desonesta. Você sabe.

JD: Amber, a história do abuso… Nós temos que lidar com isso. Nós temos que lidar com isso.

AH: Não temos, não, minha credibilidade…

JD: Então, por que você deixou que publicassem sobre?

AH: Eu não fiz isso. Você me forçou, sua equipe me forçou depois de me atacarem. Bem, me desculpa. Me desculpa porque na última vez que as coisas saíram do controle, eu realmente pensei que eu ia perder minha vida. Eu pensei que você ia tirar minha vida por acidente. E eu te disse isso. Da primeira vez, eu pensei “Meu deus!”.

JD: Amber, eu perdi a droga do dedo, cara. Qual é! Eu tive latas, jarros, uma lata de tíner arremessados no meu nariz.

AH: [Zombando] Poderia por favor dizer para as pessoas que foi um embate justo, e ver o que o júri e o juiz pensam? Diga ao mundo, Johnny, diga a eles Johnny Depp, “Eu, Johnny Depp, um homem, sou uma vítima de violência doméstica também”.

JD: Sim.

AH: E eu… Você sabe. Foi uma luta justa. Veja quantas pessoas acreditarão e ficarão do seu lado.

JD: Não importa, luta justa uma ova.

AH: Exatamente. Porque você é grande, você é maior e mais forte. E quando eu disser que eu pensei que você poderia me matar, não significa que você pode contra-argumentar que quase perdeu o dedo. Eu não estou tentando te atacar. Só estou tentando te mostrar porque eu disse “Liga pra polícia”. Você tinha suas mãos em mim e arremessou um celular no meu rosto. E saiu do controle e eu realmente pensei “Preciso colocar um fim nessa loucura antes que eu me machuque”.

JD: [incrédulo] Meu Deus…

AH: E eu nunca penso em mim mesma dessa forma. Eu nunca me defendo dessa forma. Eu nunca penso em mim mesma como uma vítima.

JD: Ainda tem Travis vindo até mim, Travis vindo me empurrando pra longe de você. Você vai precisar dizer isso sob juramento também, sabia?

AH: Eu vou, e a pior parte é ter que falar sobre tudo isso.

JD: Você acredita nisso tudo, Amber? Você acredita?

AH: Sim, claro que sim!

JD: Você acredita que sou um agressor?

AH: Sim.

JD: Você acredita que sou um agressor?

AH: Em maio, dezembro, abril…

JD: Você acredita que você é uma agressora?

AH: Não.

JD: Você acredita que você me agrediu fisicamente?

AH: Se eu acredito que fisicamente…Se eu acredito que te agredi fisicamente?

JD: Isso.

AH: Você sabe que eu peso 52 kg? Quer dizer, na época, eu pesava quase 52kg. Uma mulher de 52kg… Você é capaz…

JD: Não é essa a pergunta. Não é essa a pergunta.

AH: Algumas vez eu fui capaz de te derrubar no chão? Ou de te tirar o equilíbrio?

JD: Você começava. Você começava essas coisas.

AH [Zombando]: Johnny, você vai mesmo dizer na frente de um tribunal “Ela começou!”? Sério? Eu nunca fui capaz de subjugar você. É essa a diferença entre você e eu.

JD: Por que você tentava?

AH: É essa a diferença, o mundo todo, o júri e o juiz verão que há uma grande diferença entre você e eu.

JD: Você não pode automaticamente… você não pode pensar que sou apenas eu [que você atinge]. Você está acabando comigo. Você me transformou em um… Meu filho tem que ir pra escola e ouvir os colegas perguntarem “Então seu pai é um agressor de mulher?”. Você não pensa nisso, Amber.

AH: Você também não pensa na minha família e em todas as ameaças de morte? Eu e as pessoas mais próximas do meu círculo de amizades e familiar não importam? Eu não importo?

JD: Ameaças de morte?!

AH: A sua equipe divulgou isso. Por que seu segurança mentiu [para a imprensa]? Essa é uma medida proativa. Por que sua advogada registrou o pedido de divórcio? Ponto final. Por que ela precisava vazar informação para o TMZ? Por que, se você queria tudo em segredo, o TMZ está recebendo informação literalmente da Laura Wasser e do Marty Singer em todas as etapas do processo? Minha ficha criminal? Quem divulgou isso pra imprensa? Os boatos de que eu era uma stripper? Claro que eu poderia esperar por isso. Eu fiquei sabendo em todas as etapas do processo, cada etapa, o que você deu pra eles.

JD: Eu dei? Que eu dei? Já chega. Que eu dei? Te vejo no tribunal. Te vejo na droga do tribunal. Eu nunca disse isso. Eu nunca contei pra ninguém. Você confiou em mim [pra me contar essas coisas] e eu nunca contei pra ninguém. E sabe o que mais, Amber?

AH: Obrigada [por não ter contado].

JD: Esse sou eu dizendo que tentei. E obrigado. Te vejo na droga do tribunal. Você não quer entrar num acordo? Estou tentando. Estou tentando. Quer saber? Eu te amei por tantos anos, mas quer saber? Você nunca existiu. Você não existe. Você não está aí. Você é uma invenção da minha cabeça. E eu não acredito que você está fazendo isso comigo.

Tradução: Patrícia, com revisão de Cristina, Elisandra e Sarah (Equipe Johnny Depp Forever)